quinta-feira, 8 de junho de 2017

Bob Fernandes sobre a "Justiça" de fachada no país da Farsa: "Vossas Excelências" brilhando na Globo News. E o Vale Tudo em nome da moralidade.






Julgamento da chapa Dilma/Temer. Presidente do TSE, Gilmar Mendes deixou escapar para o relator, Herman Benjamin, o que lhe vai n' alma.

Do alto da condição humana, Gilmar disse:

-Essa ação só existe graças ao meu empenho, modéstia às favas. (...) Vossa excelência está brilhando na televisão do Brasil inteiro (...) colocou sua figura... na Globo News...


A ação que Gilmar quer chamar de sua foi proposta pelo PSDB. Há 900 dias, em nome da moralidade...

...Ou "para encher o saco do PT", segundo o autor depois grampeado, Aécio Neves. Deu no que deu.

Dilma foi traída por Temer. Longo espetáculo para o aprendizado público. Boa parte dos atores envolvidos hoje está na cadeia. Ou a caminho.

Outra parte dos envolvidos, a plateia, deixou as ruas. Agora acompanha o julgamento pelas Mídias. Em silêncio. Por vergonha, constrangimento ou cumplicidade.

Temer tem, por ora, apoio do PSDB. Temer foi traído por Joesley. Que em seu jatinho transportou Temer e Marcela.

(PS: vôo em janeiro de 2011, para a ilha de Comandatuba (BA) e evento do LIDE, do agora prefeito João Doria. Temer e família regressaram no dia 14. No mesmo avião, confirmou o Planalto em nota).

"O vice-presidente não sabia a quem pertencia a aeronave e não fez pagamento pelo serviço", foi informado na nota emitida pelo Palácio do Planalto.

E Temer ligou para para agradecer pelo envio de flores, segundo Joesley.

Joesley diz ter doado R$ 600 milhões para 28 partidos e 1.829 candidatos. Seja por que Caixa for. Delatou tudo e todos.

Espera-se que Palocci, Rocha Loures, Lúcio Funaro, e talvez Henrique Alves, também delatem. Traiam. Afinal, é preciso restaurar a ética, a moralidade pública e os bons costumes.

Em nome de tanto, tem pouca importância trocar a cadeia de delatores pela manutenção do patrimônio e tornozeleira. Ou New York.

Em nome da ética, na véspera do julgamento 82 perguntas da Polícia Federal. Para o suspeito, o presidente da República. Com cobrança de respostas... para o dia seguinte.

Em nome do combate à corrupção um juiz pode violar prerrogativas: de direito ao sigilo e privacidade de advogados; e, assim, o direito de defesa.

Pelas mesmas razões, em "alegações finais", o Ministério Público invoca a "dificuldade probatória".

Ou seja: o não ter provas. Mas, como se sabe, convicções e muita fé movem montanhas.

Essa Cruzada tem e terá o apoio da opinião pública, atestam as pesquisas.

Afinal, em nome da moralidade, da ética, e do combate à corrupção vale tudo.

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